• Renda Tenerife . Renda Sol . Nhanduti
  • Brazilian Point . Brazilian Sol Lace . Nhanduti

HISTÓRIA

Museo del Encaje de Castilla y LeónA ANTIGUIDADE NÃO CONHECEU A RENDA

Na Idade Média fazia-se o recorte das bordas do tecido, em forma dentada, de onde vem os termos “spitze” e “zacke”, do alemão, “merlo” ou “merletto”, em italiano, “dentelle” em francês, “puntilla” em espanhol, todos termos relacionados a pontas ou dentes.

Até o século XV desenvolveram-se as técnicas do bordado. Acreditava-se que o bordado era atividade que toda mulher virtuosa deveria fazer desde a mais tenra infância. Isto era válido para todas as classes sociais e esse fazer constituía uma espécie de garantia moral contra a ociosidade. Assim, a maioria da população feminina conhecia ou tinha aprendido os trabalhos de agulha.

No começo do século XVI, começaram a aparecer os primeiros exemplos da renda como refinamento das técnicas de bordado e são feitos desfiando-se o tecido para compor o desenho. À medida que se foi dominando a técnica do desfiado, começa-se a dispensar a base do tecido para a criação de novas formas. A renda espanhola sol é um bom exemplo deste tipo de trabalho. Prosseguindo a evolução, o resultado foi a tecelagem da rede ou malha conforme o trabalho o exigisse. Nascia assim a verdadeira renda de agulha.”

 

Resumo a partir do texto “Historia del Encaje: Orígenes, desarrollo, apogeo e implicancias socio culturales” de Delia Etcheverry

(Revista Tramemos, Centro Argentino de Arte Textil, nº 57)

ACREDITA-SE QUE ESTES TRABALHOS COMEÇAM
A REALIZAR-SE NO SÉCULO XVI E A RENDA DE TENERIFE
É A ÚNICA TÉCNICA QUE SE MANTEVE


Museo Lázaro GaldianoMaria Ángeles González Mena no Catálogo de Rendas do Instituto Valencia de Don Juan de Madrid fala de rosas de Tenerife e as diferencia claramente de outras técnicas de estilo similar como Sol de Salamanca, Ponto da Catalunha e Sol de Casar. O Sol e o Ponto da Cataluña são feitos com agulha sobre tecido, enquanto no caso da Renda de Tenerife se utiliza uma almofada onde se fazem círculos a partir dos quais se monta a rosa na forma radial fazendo a trama com nós e pontos guipur. Acredita-se que estes trabalhos começam a realizar-se no século XVI e a Renda de Tenerife e a única técnica que se manteve.

 

Resumo a partir do texto de Maria Ángeles González Menado “Catalogo de Encajes del Instituto Valencia de Don Juan de Madrid” citado no sítio do Museu Arenys del Mar, España, baixado antes de 2009 texto integral em

http://rendatenerife.blogspot.com/2009/10/finalizando-as-divagacoes-sobre-as-duas.html

 

COM O NOME SOLES BRASILEÑOS
ERAM FEITOS NA FRANÇA NO SÉCULO PASSADO

Isabel Martinez-SP/1950-70

“…Com o nome “soles brasileños” eram feitos na França no século passado trabalhos muito semelhantes às rosas canárias: foram importados do Brasil onde haviam chegado provenientes da Espanha, depois de passar por México, Filipinas e Porto Rico.”

 

Extraído do texto “Artes textiles canarias” de Ma.Ángeles Gonzáles Mena y Ma Pilar Ramos Munoz

(Revista Narria: Estudios de Artes y Costumbres Populares, Universidad Autónoma de Madrid, nº 18, 1980)

 

“…NO BRASIL A DENOMINAM RENDA SOL”

“…no Brasil a renda é armada num molde circular de papelão ou de folha, alguns a denominam renda sol, ao que informa certo autor digno de confiança (*).”

 

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(*) Encyclopédie des Ouvrages de Dames

 

Extraído do texto “Notas sobre o Ñhanduti do Paraguai” de E. Roquette Pinto
(Boletim do Museu Nacional, Rio de Janeiro, Brasil, Vol. II, nº1, março de 1927)

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